Ensinamentos de Santa Faustina para ter mais fé

“Jesus, eu confio em vós”! Assim, Santa Faustina confirmou sua fé na Divina Misericórdia. Ela que foi a transmissora das novas formas do culto à Misericórdia Divina, teve a missão de recordar a verdade de fé sobre o amor de Deus para com o homem.

Santa Faustina foi escolhida por Deus para ser apóstola da Divina Misericórdia e, através da sua fé no que lhe pedia o Senhor, propagou ao mundo inteiro sua mensagem de esperança.

 “Que a alma que desconfia leia estes louvores à misericórdia e torne-se confiante” (Diário, 949).

# Confiança

A confiança é a chave para se viver a mensagem da Divina Misericórdia. Muitas vezes, nossa fé é testada, em tempos de provação e sofrimento. Mas, Santa Faustina dizia que “quanto mais a alma confiar, tanto mais receberá” (Diário, 1577).

Ela sabia que apenas com uma fé realmente fortalecida, poderia realizar sua missão. Por isso, clamava: “Peço ardentemente ao Senhor que se digne fortalecer a minha fé, para que, na vida cotidiana e monótona eu não me deixe levar pelas disposições humanas, mas pelo espírito. Oh! Como tudo atrai o homem para a Terra! Mas a fé viva mantém a alma em esferas mais elevadas, designa para o amor próprio o lugar que lhe convém, isto é, o último” (Diário, 210).

# Missão

A missão de Santa Faustina foi de grande importância pois, através dela, o Senhor transmitiu ao mundo a mensagem da Divina Misericórdia e apresentou o modelo da perfeição cristã, apoiado sobre a confiança em Deus e a atitude de caridade para com o próximo. Toda essa experiência de fé, Santa Faustina registrou em seu diário espiritual, por orientação de seu confessor e diretor espiritual, o Pe. Miguel Sopocko.

“Vós mesmo mandais que eu me exercite em três graus da misericórdia: O primeiro: Ato de misericórdia – de qualquer gênero que seja; segundo: palavra de misericórdia – se eu não puder com a ação, então com a palavra; terceiro: oração. Se não puder demostrar a misericórdia com a ação nem com palavra, sempre a posso com a oração. A minha oração pode atingir até onde não posso estar fisicamente” (Diário, 163).

# João Paulo II

Porém, ela não foi ouvida de início. Mesmo assim, continuou registrando suas experiências místicas e todos os pedidos de Jesus em seu diário, na esperança de que, um dia, o desejo do Senhor fosse cumprido.

Isso se deu, muitos anos depois, primeiro pela ação do, também polonês e então cardeal, Karol Wojtyla, que cuidou do andamento de seus processos de beatificação e canonização. E depois, ainda ele, já como Papa João Paulo II, celebrando, enfim, a canonização de Santa Faustina e instituindo a Festa da Divina Misericórdia.

Sobre isso, ele comentou: “Desde o princípio do meu ministério na Sé de São Pedro, em Roma, considerava esta mensagem como minha tarefa primordial. A Providência confiou-a a mim na situação contemporânea do homem, da Igreja e do mundo. Poderia também se dizer que precisamente esta situação atribuiu-me como dever essa mensagem, como minha tarefa ante Deus”.

# Legado de fé

Assim, o legado de Santa Faustina estava completo. Isso só foi possível porque ela manteve uma fé inabalável em Deus e seguiu os caminhos que o Senhor designou para sua vida, realizando, no mundo inteiro, aquilo que o Jesus lhe confiou: o culto à Sua Divina Misericórdia.

“Estou exigindo o culto à Minha Misericórdia pela solene celebração desta Festa e pela veneração da Imagem que foi pintada. Por meio desta Imagem concederei muitas graças às almas. Ela deve lembrar as exigências da Minha Misericórdia, porque mesmo a fé mais forte de nada serve sem as obras”. (Diário, 742)

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